segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ah, esse teatro cheio




Professor José Farid Zaine
Vereador – PDT



Para mim, uma das imagens mais belas que existem é ver o Teatro Vitória cheio. Ultimamente, graças a Deus e ao trabalho adotado na área cultural nos últimos anos, imagens assim não têm sido difíceis de serem notadas. Em quase todos os eventos culturais, a plateia tem contribuído com a sua importante participação. Não foi diferente no último sábado, 5, quando centenas de pessoas foram novamente ao teatro para ver a comédia “O Libertino”, de Eric Emmanuel Schmitt, com direção de Jô Soares, e participação de um competente elenco que conta com o talentoso Cássio Scapin. Todas as poltronas do Vitória foram sendo tomadas por um público caloroso e ansioso, todos querendo dar a sua contribuição ao crescimento cultural de Limeira.



Na imensa fila, que não se limitou ao espaço físico do teatro, tendo uma grande parte do lado de fora, muita gente estava lá pela primeira vez. Quando ouço alguns relatos assim, chego a me emocionar e a pensar que o trabalho de formação de público para arte e cultura em Limeira tem dado boas respostas. Mesmo quando alguém dizia que estava lá para ver um ídolo da infância, já que Scapin foi o querido Nino do “Castelo Rá-Tim-Bum”, exibido na TV Cultura, pensava o quanto vale a pena contribuir por essa formação. A ideia de que o teatro era para elite ou para determinados públicos apenas está cada vez mais ficando distante. O teatro é de todos e para todos. E não lota apenas quando existem pessoas renomadas no elenco. O Festival Nacional de Teatro de 2011, por exemplo, reuniu cerca de 10,5 mil pessoas nos dias em que foi realizado, com um bonito público, elogiado – inclusive – pelos jurados técnicos do evento, que foram embora impressionados com o interesse da plateia em ver um Festival de Teatro. Ponto para Limeira!



“O Libertino” veio pra cá, de graça, através da parceria de sucesso entre o município e a Secretaria de Estado da Cultura, por conta de Limeira ser inserida novamente do “Circuito Cultural Paulista”, proposta que visa oferecer programação dinâmica e eclética às cidades do interior de São Paulo. E quem assistiu a comédia, estando pela primeira vez ou não no teatro, adorou. Sábado aconteceu aquela magia que bons espetáculos provocam: a gente entra de um jeito e sai diferente, sai melhor, mais leve e mais feliz. Quem foi, saiu meio que “flutuando”. Eu flutuei, pela qualidade e também por conferir a imagem que tanto me faz ficar orgulhoso.



Reconquistamos o “Circuito” depois de muitas reuniões no Estado. Foi difícil, confesso. A cidade esteve fora da rota nos anos de 2009, 2010 e 2011 e na primeira listagem das cidades que receberiam o projeto em 2012, Limeira não estava incluída. No dia 6 de março, porém, conversando com Maria Thereza Bosi de Magalhães, coordenadora da Unidade de Fomento e Difusão de Produção Cultural, na Secretaria de Estado da Cultura, veio a confirmação: Limeira estava de volta!



Agora, no dia 22 de junho, está confirmado show com a cantora Tulipa Ruiz, no Parque Cidade, a partir das 20h, graças ao “Circuito”. Será que uma nova imagem inesquecível, de um grande público ouvindo essa revelação da música popular brasileira dos últimos anos, será possível? Espero e desejo que sim. Porque não importa se os eventos culturais estão dentro ou fora do teatro, o importante é que aconteçam e sejam prestigiados pelos limeirenses. Assim, a arte mostra a sua força e toda essa iniciativa se sente valorizada... E será possível flutuar muitas e muitas vezes, tocados pela emoção e sensibilidade que só a cultura é capaz de oferecer. Viva o Circuito! Viva a Cultura!

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